Escritanometria

Escritanometria
literatura, livros, escritas

terça-feira, 9 de novembro de 2010

“Verdade”

Em muitos casos que acontecem na realidade
Existem aqueles inventados pelo povo
Existem aqueles com partes sim e partes não
Dificilmente existem os que sejam verdade.

Há várias formas de contar em fugir à realidade
Há várias formas de dizer sem maldade
Há várias maneiras de conseguir aceitar
Mas não aceitamos quando ouvimos a verdade.

Em muitas situações nos chamam de maldosos
Hora ou outra no ofendem com palavras de desigualdade
Acolhemos-nos dentro de si, prontos para responder
No qual ofendemos a pessoa sem querer, dizendo a verdade.

A maioria dos seres humanos não te oportunidade
De dizer durante uma conversa a realidade
O medo de ofender é muito grande
Quando se diz a verdade.

Penso da seguinte maneira frente a uma dúvida
Se não digo o que devo dizer, ficaria na mentira.
Despertando na pessoa talvez, a desconfiança, a ira.
Pois nada é pior do que viver coberto pela mentira
Por esse motivo não preocupo com consequências
Quando o assunto exige um pouco mais de lealdade
Eu posso até sair machucado interiormente
Mas eu sempre estarei do lado da verdade.


André Nunes - (30/09/2010)

“Vários Amores”

Subitamente passo a pensar
O que é melhor? Ser amado ou amar?
Expressando em cada gesto, um jeito só seu,
Confundindo meus pensamentos, entre você e eu.

Sentimento tão cruel, que machuca sem perdão,
Mas que perdoa com sabedoria um sofrido coração
Na esperança de encontrar você ponho-me a olhar
Como é belo o infinito, vendo você chegar.

Entre um amor e outro, esse coração incerto,
Apaixona-se ás vezes, sem saber se é correto,
Sem pensar o quão perto está
Sem saber o que dizer, sem saber a quem amar.

São várias as divisões impostas
De muitas que já passou
São várias as amantes de quem se gosta
Foram muitas que passaram, mas só uma que ficou.

Se pudéssemos voltar atrás
E consertar tudo aquilo que se quebrou
Trocar as idas pelas voltas
Deixar ficar o que passou
Sentir seus beijos um pouco mais
Não permitir que se apaixone, jamais.


André Nunes - (05/10/2010)

“Passagem”

Estou preso a este mundo, surpreso,
Quero me soltar e sair, ileso,
Meus movimentos para tal são lentos,
Meus pensamentos sem igual, atentos.
Prestes a estourar, esta bolha de sonhos,
Simples me desconectar, deste mundo, medonho.
Procurando um caminho mais curto, ouvindo,
Que alguém lá na frente me grita, estou saindo!
Porque será que eu não consigo, me evadir?
Tantas pessoas que sofrem também estão, querendo sair,
Tudo ao redor para de repente neste mundo, imaginário,
Não consigo visualizar como seria um outro, cenário.
Sem resposta, sem pergunta, sigo para a saída,
Terei que procurar a chave da porta de uma nova, vida.
Sem alternativas me desoriento, por quê?
Sem respostas me pergunto o que?
Faço as perguntas sempre para uma mesma, resposta,
Respondo sem pensar às perguntas, opostas.
Volto sozinho comigo a pensar, em quê?
Se o que tenho para pensar me faz querer,
Sair dessa ilusão por uma porta verdadeira,
Entrar na decepção de uma vida inteira.
Cansei, estou exausto de toda essa viagem,
Não quero mais o caminho curto, para sair,
Continuo olhando para as paisagens,
De um lugar inimaginável, onde vi,
Pois sairei daqui, por um caminho oculto,
Uma nova passagem.


André Nunes - (23/09/2010)

“Desejos”

Inesperadamente me vem à mente
Não estou pronto para o inesperado
Sei que consigo conduzir meus pensamentos
Sei que não fica nada de lado

Corro atrás desse sopro
Consigo bem perto chegar
Não posso tocar nem sentir
Mas com a mente agarrar

Sozinho, sou mais um pelo instinto.
Não tenho porque dividir
A vontade que invade meu corpo
Domina meus sentimentos, mas não sinto.

Voltando à monotonia da vida
Por tão grande fracasso
Não consegui o que queria
Agarrar um sopro de mente no espaço.

Descansado percebo a vontade
De estar de novo em seus atos
Vontade essa que me corrói
Vontade essa que me desfaço...
Procuro outra vez em seus beijos
Aquilo que à mente me veio
Encontro de novo seu sopro
Retorna mais forte em mim seus desejos.


André Nunes - (16/09/2010)

“A Estrada”

De passo em passo eu vou caminhando
Ao passo que também vou chegando
Com brisas e reprises de brisas no rosto
Eu me coloco a caminhar mais um pouco

De repente sem esperar,
Uma pedra consegue me derrubar
Rapidamente levanto-me
Já não sei para que lado devo continuar.

Em meio a uma dúvida do ir e vir,
Me desespero com tamanha demora
Uma simples resposta à tão inconsciente pensamento
Repenso várias vezes, estou perdido agora.

Recomeço então a caminhada
Mais devagar, mais cauteloso,
Olhando bem ao que vejo pela frente
Com cuidado para que outra pedra não me derrube de repente.

Estou ficando cansado
Começo os passos parar,
Não sei se estou no fim da caminhada
Mas sei que vou continuar indo...
Sempre na mesma estrada.


André Nunes - (09/09/2010)