Escritanometria

Escritanometria
literatura, livros, escritas

sábado, 24 de julho de 2010

"Quando Eu Morri"

Quando eu morri, eu não vi
Eu não vi que estava com os pés molhados
Molhados o suficiente para me resfriar
Resfriar pra quê, se eu morri, e nem vi?
Nem vi também o tamanho da fila que me seguia
Me seguia para onde eu estava indo
Indo pra bem longe, num lugar onde tudo se pode
Se pode sorrir, chorar, cantar, viver...


Por qual motivo será, eu morri?
Eu morri por vários motivos corretos
Corretos, incertos, concretos
Concretos tanto quanto meu túmulo
Túmulo do qual agora faço parte
Parte de mim se foi, parte se vai
Se vai pra muito mais perto de ti
TI, ó meu PAI.

Meu PAI que dos céus me guia
Me guia pro caminho certo, mas do lado errado
Do lado errado sigo complexado
Complexado com o que virá depois
Depois da Aurora dos tempos, e que tempos...
Tempos esses que me fizeram feliz
Feliz até o ponto em que eu me fui
Fui por vontade própria, sem obrigação.


Ás vezes olho pro céu e me vejo a vagar
Vagar por todo esse infinito
Infinito Céu, infinito amor, infinita vida
Vida que não vale muito mais que um copo d’água
Água que sem ela não vivemos, por isso, vida
Vida que queremos ter saudável
Saudável, feliz, plena, sóbria, vida
Vida, que viva sem ela, que viva por si... só.

De repente me volto para o chão
Cá estou eu de novo, vivo, e vivendo
O que será que foi isso, um devaneio
Um sonho, imaginação, vertigem??
As respostas, como sempre estarão no mesmo lugar
No fundo d’alma, perto do coração
Como fazer para descobrir qual seria essa resposta
Só de uma forma podemos conseguir
Vivendo, colhendo, e morrendo em seguida
Mas garanto que eu nunca vi, Quando Eu Morri.


Andrezinho (16/03/2009)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Então pessoal, comentem o que acharam do Blog, dêem opinião para melhorar o Blog. Agradeço a visita, deixe sua marca aqui!!!